Segundo uma pesquisa divulgada em 2020 pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), 66,5% das famílias brasileiras estavam endividadas.
Até abril/2021, essa mesma pesquisa apontou que 67,5% das famílias não conseguiram honrar com seus compromissos financeiros. Ou seja, ainda houve um pequeno aumento do índice.
Considerando o alto nível de desemprego e o valor elevado dos itens básicos de consumo, como quitar as dívidas sem fazer novas? Confira a seguir!
Como pagar uma dívida alta?
Em um momento tão particular da nossa história, entender como pagar as dívidas e sair do vermelho gera muitas dúvidas aos consumidores.
De modo geral, a maioria das famílias tem visto sua vida financeira completamente descontrolada. Financiamentos de casas, carros e empréstimos são os maiores causadores das dívidas elevadas.
Nessas situações, o que fazer?
Primeiramente, para quitar essas dívidas busque a instituição financeira de origem e tente fazer uma renegociação do débito. Se possível, renegocie em parcelas mais acessíveis conforme o seu novo planejamento financeiro.
Se você está endividado, é porque algo fugiu do seu controle. Por isso, planeje e estruture as finanças novamente, considerando as dívidas altas, pequenas, bem como as despesas básicas da casa.
Outra opção para pagar uma dívida alta é pagá-la à vista. Bancos e outras instituições costumam ser bem flexíveis quanto a isso, oferecendo descontos bem generosos a quem se dispõe a pagar à vista.
Se precisar vender algo como o carro ou moto, não tenha medo. Será um sacrifício temporário, mas necessário. Além disso, buscar uma renda extra também pode auxiliar a quitar dívidas altas.
Porém, não recorra ao pagamento mínimo! Sabe aquele valor mínimo que os cartões de crédito liberam para pagamento?
Então, fuja dele! Os juros cobrados são altíssimos e precisará ser pago já na fatura do próximo mês.
Como negociar minhas dívidas?
Vejamos agora como pagar todas as dívidas e sair do vermelho utilizando um passo a passo simples. Primeiro, faça as contas e descubra quanto realmente você deve, para isso, faça a uma planilha com três colunas:
Coluna 1: gastos básicos e necessários.
Coluna 2: dívidas de valores menores.
Coluna 3: dívidas de valores maiores.
Dê prioridade as dívidas maiores, pois os seus juros são os mais elevados. Com esse plano, vá até a instituição financeira e tente renegociar a dívida. Além do seu banco, pesquise por outras opções: se necessário, utilize o recurso da portabilidade de crédito.
Ademais, existem os chamados “feirões de negociação”, como o Serasa Limpa Nome, que podem te ajudar a conseguir melhores ofertas.
Estabeleça limites para o pagamento da fatura mensal. Aliás, não se esqueça de considerar os gastos básicos (coluna 1) e dívidas menores (coluna 2) quando estiver calculando essa parcela mensal ideal.
Por fim, avalie se é possível entregar algo como garantia (penhora de bens). Colocar algum bem em garantia pode te ajudar a conseguir melhores condições de negociação.
O que fazer quando não se tem dinheiro para pagar as contas?
Apesar de limitar nossas possibilidades, também existem algumas opções.
A primeira consiste em conseguir mais dinheiro. Parece um pouco óbvio, mas se não tenho como quitar as dívidas, preciso arrumar dinheiro para tal. Assim, realizar serviços como freelancer é uma boa saída.
Dessa maneira, muitas pessoas utilizam seus momentos de folga para investir em outras atividades que tragam algum retorno financeiro.
Mesmo com o desemprego em alta, o trabalho Home Office não parou de crescer. Dê uma olhadinha!
A segunda opção é fazer drásticos cortes internos. Nesse sentido, além de reduzir o gasto secundário com lazer ou alimentação, será preciso reavaliar alguns gastos básicos dispensáveis.
Isto é, reduzir gasto no mercado, economizar nas contas de água e energia, procurar uma casa com aluguel mais barato, etc.
Quais as melhores opções para quitar uma dívida?
Você não precisa necessariamente ter mais dinheiro para quitar suas dívidas.
Para quem quer saber como pagar as dívidas sem ter dinheiro, a plena organização de recursos pode ser de grande ajuda. Dessa maneira, analise:
Renegociação de dívidas: tente fazer uma nova negociação com parcelas mais acessíveis.
Feirões de renegociação: alguns bancos e instituições financeiras fazem esses feirões anuais para negociar dívidas. Neles, costumam ser oferecidas excelentes possibilidades ao cliente.
Portabilidade de crédito: consiste em transferir a dívida de uma instituição financeira para outra, com juros e condições financeiras melhores.
Consolidação de dívidas: se resume em converter várias dívidas em uma única dívida, com parcela também única.
Penhora e venda de bens: penhorar joias, vender carro, moto e itens que deem algum retorno;
Economia e planejamento: economizar e fazer cortes de gastos são coisas indispensáveis para quem deseja quitar dívidas.
Para cada situação, uma dessas opções se torna a melhor. Por isso, nem todas essas se aplicarão ao seu caso. Analise sua situação financeira e veja quais opções são melhores para você.
Fazer uma dívida para quitar outra dívida é uma opção inteligente?
É muito comum a dúvida se o empréstimo para quitar dívidas é ou não uma boa opção. Afinal, fazer um empréstimo para pagar dívida, não é a mesma coisa que criar uma dívida?
Vamos a um exemplo: quando a pessoa cai no rotativo do cartão de crédito, acumulando uma dívida com juros elevadíssimos (mais de 300% ao ano), um empréstimo pessoal, cujos juros são menores que o do rotativo, pode ser interessante.
Mas, essa estratégia deve ser o último recurso e jamais a primeira opção.
Se considerar esta opção, analise os custos reais da dívida original, compare com os da nova, e veja qual seria melhor pagar a médio e longo prazo.
E quando não tiver outra saída? Como escolher?
Caso você não possa fazer nada, ou seja, já tentou todas as alternativas apresentadas e nada disso foi capaz de quitar as dívidas, então precisará fazer uma dívida para quitar outra.
Para esses casos excepcionais, o empréstimo para quitar dívidas poderá salvá-lo.
Dessa forma, temos três grandes possibilidades:
Empréstimo pessoal: o mais conhecido de todos. Vale a pena fazer simulações em diferentes bancos e instituições financeiras. Há a forma de colocar bens em garantia, como carro ou imóvel, para conseguir menores juros e melhores prazos.
Empréstimo consignado: talvez seja a melhor dentre as três opções. Descontado diretamente na folha de pagamento, o empréstimo consignado apresenta uma das menores taxas de juros dentre outros modelos de empréstimo.
Empréstimo online: empresas especializadas em ofertar essa categoria de empréstimo, oferecendo opções práticas, simples e rápidas.
Seja qual for o modelo de empréstimo escolhido, o ideal é que você faça simulações com os valores antes de contratá-lo. Lembrando que quanto maior for o valor emprestado, maiores serão os juros.
Quais as melhores dicas para não me endividar?
Dica 1: Aprenda a dizer não e a pedir descontos.
Dica 2: Mude sua forma de agir: acostume-se a fazer compras à vista.
Dica 3: Estabeleça limites mensais para gastos com cartão de crédito.
Dica 4: Tenha um planejamento financeiro rigoroso.
Dica 5: Gaste menos do que ganha e crie uma reserva de emergência.
Dica 6: Limite os gastos com coisas supérfluas.
Dica 7: Elimine os parcelamentos em muitas vezes (12, 24, 48 vezes).
Dica 8: Faça compras com uma lista.
Dica 9: Não faça novas dívidas antes de quitar a primeira.
Enfim, vimos como conseguir quitar as dívidas e reorganizar sua vida financeira.
Deitar a cabeça no travesseiro sem se preocupar com quitar dívidas é extremamente reconfortante. Portanto, siga nossas dicas e comece a dormir mais tranquilo!